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sábado, 2 de abril de 2011

LIVROS LANÇADOS E SAÍNDO DO FORNO

Amigo leitor venho reforçar a vocês que curtem o blog uma feliz novidade, lançamos dois livros através do clube dos autores, o primeiro de poesias, que se chama: RIMAS, VERSOS E AFINS (http://www.clubedeautores.com.br/book/42104--Rimas_versos_e_afins) todo ele de minha autoria, e o livro de contos, em parceria com um dos nossos colaboradores: Lucas Guimarães e este se chama: TE CONTO EM UM MINUTO (http://www.clubedeautores.com.br/book/42143--Te_conto_em_um_minuto) , tratasse de uma coletânea dos nossos melhores contos. Venho informar também que dentro de alguns dias lançarei um livro de poesias e outro de letras para músicas, o qual deixarei a disposição para quem quiser musicá-las. Esses livros tem o valor simbólico para e-book de apenas R$ 10,00 e impressos não ultrapassam R$ 27,00. Colaborem, ajude-nos a mantermos o blog, bem como nossa veia literária, pois com nossas vendas, iremos nos motivar para cada dia escrevermos melhor.




SANGUE E VÍCIO


“Eu disse para que parasse com este vício, mais cedo ou mais tarde terminaria em tragédia.”

Durante o dia tudo o que vivia se transformava a noite em sua sopa de letrinhas. Não discordava que o jornal fosse uma opção de informação, mas entendia que o que via “com suas retinas tão fatigadas” era bem mais valioso, pois nestes minutos podia ser o repórter, jornalista e editor, dando sua conotação aos fatos, expondo sua visão simplória do mundo a sua volta. Sua profissão lhe dava meios para tal. Porteiro de um pequeno prédio do centro de Salvador, tudo que os condôminos achassem que os dotes de seu Francisco cabiam ao assunto, ele era prontamente convocado, desta forma conhecia muito bem todas as famílias e situações inusitadas dos moradores. O leitor deve estar achando que talvez o narrador esteja dando voltas, mas tais acontecimentos ajudarão na compreensão.


Para ter acesso a todo conteudo deste e dos demais contos clique no link acima.


By Vyctor Maya



terça-feira, 15 de março de 2011

Música para acampamento

Caro leitor, o papo aqui é bem simples, quem quiser, pode musicar estes versos. Será do meu agrado ouvi-lo na voz de vocês.



GLOSAR

Quando meninos nós não tínhamos vontade
De correr ou de mentir
Não tínhamos tempo, nem desejo, nem coragem
De se esconder ou de fugir
Parece que nós fomos massacrados
Pela sua forma de poder
Mas já crescemos e estamos tão ligados
Que nem com armas vão nos fazer enfraquecer

Eu não ganhei educação americana
Mas não vivi com os olhos tão cerrados
O livre arbítrio é quem comanda o meu destino
Um pouco de tudo bons amigos e o meu vinho

Eu grito a todo instante “liberdade”
Mas me disseram: - Só com sangue ela chega
Não sou político nem tampouco revoltado
Presto atenção nos que comandam à minha volta
E não sou cego quando vejo o que eles fazem
Com os meus irmãos que vivem à deriva
A politicagem passa perto de suas portas
Mas nunca pára pra fazer uma visita

As minhas fotos estão todas espalhadas
Como a vida que eu levo a cada dia
A minha sede, a minha fome de justiça
Me tira a paz que eu sonhei em algum instante
A minha luta já está até pregada
Nas paredes e no teto do meu quarto
Ela é meu quadro que eu pinto com prazer
E sonho em ver nas crianças do futuro
A minha voz não se cala com promessas
Com cara limpa e palavras que emocionam
Eu conheço esta estória já de cor
Eu sou guerreiro e luto nesta epopéia.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A PECHINCHA

A viagem em lua de mel, queridos leitores, foi coisa desejada a séculos. Espanha, Ibiza. Uma semana no paraíso. Pago em suaves prestações de 60 meses, com uma mínima entrada que correspondia a 15% do valor total do pacote, dizia ela para todas as amigas.
- Só pagamos a entrada, o restante isso será pensado mais tarde, depois que já terei aproveitado, dou até calote na agência – ironizava, matando as suas amigas de inveja.
- Você pesquisou Rute?
- Pesquisei o quê? Foi no susto. Uma pechincha. Não perco as oportunidades.
Malas prontas, tickets sobre a mesa, ansiedade, pois dentro de algumas horas estariam em um local paradisíaco. O amor feito nem agradou tanto a ambos, logo aguardavam o sono assistindo ao noticiário.

Para ter acesso a todo conteúdo do conto click no link e obtenha seu livro: http://www.clubedeautores.com.br/book/42143--Te_conto_em_um_minuto, pelo valor símbolico de R$ 10,00. Obrigado.

By Vyctor Maya

sábado, 19 de fevereiro de 2011

CONCLUSÃO DE C.S.S.

E nesta minha confusão
Vou embora sem uma definição
Mas uma dúvida coabita o meu ser
Os olhos fechados o que querem dizer?

Penso eu na minha primeira opção
Olhos fechados pra despistar
Olhos fechados pra dizer não
E neste charme retirar minha atenção.


Parto para a segunda hipótese
Olhos fechados para beijar
Olhos fechados para me amar
Então fico feliz e ponho-me a cantar.

Logo minha dor reaparece
E eu vejo de longe a sua conclusão
Com os olhos fechados e lábios borrados
Beija-a um outro dando fim a esse engodo.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

C.S.S.

Nada é definitivamente certo

Até que se possa provar

Todas as perguntas possíveis



Mas nada também é definitivamente errado

Se pelo menos uma das perguntas

Não tiver sido respondida



Esta dualidade é a analogia do seu ser

Que eu há muito tempo tento decifrar

E simplificar com apenas uma palavra



Mas se você fecha os olhos antes d’eu perguntar

É mas fácil do que dizer não

Então fico no meu canto

E me embriago de solidão.



By Vyctor Maya

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

DOR DE COTOVELO

Poesia
Tem que vim
E vindo veio
Sem isso de dar liga
Sem isso de dar jeito
Nasceu linda
nasceu feia
sem isso de emendar
sem isso de reparar
veio vindo, vindo, foi
foi embora
sem ter sido escrita...


Para ter acesso a todo conteúdo do conto click no link e obtenha seu livro: http://www.clubedeautores.com.br/book/42104--Rimas_versos_e_afins, pelo valor símbólico de R$ 10,00.

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by Vyctor Maya

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A NUDEZ



Ele a olhava dos pés a cabeça, e este trajeto se repetiu algumas vezes durante aquela noite. O olhar para quem observava o prelúdio se mostrava faminto, insaciável, penetrava pelos olhos, veias, entranhas, era um farol guinado um barco tonto até o porto salvador. Queria e queria a nudez daquela mulher, mas não sabia que a nudez não se revelou depois que ela se despiu. Para ele a nudez nada mais era do que algo que se esconde sob roupas, se camufla com um shortinho e uma blusinha, ou aquele vestido de grife, talvez um tubinho preto, ou quem sabe apenas com um micro biquininho.


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By Vyctor Maya

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A VITÓRIA DO BURRO


Invadiram seu apartamento, o legista observava todos os detalhes na tentativa só pela experiência, de desvendar o ocorrido com aquele ser:

- Deve estar aqui a pelo menos três dias.

- Como sabe?

- Pelos aspectos do cadáver.

Ele implorou a Deus para que ela voltasse, juraram amor eterno perante o seu representante na terra: o padre, e as centenas de pessoas que testemunharam à belíssima e caríssima cerimônia. Décadas vivendo exclusivamente para ela, nem filhos tiveram, para não desviar o foco do seu amor. Antes que pudesse imaginar, o seu desejo já a aguardava: flores, viagens, bombons, atenção, beijos, carinho, caricias, sexo... Tudo de possível era normal, tudo de impossível ele fazia questão que se tornasse real.

Há dias que não comia, não bebia, largara o trabalho, academia, e tudo aquilo que dava o segundo escalão do seu prazer. Passava agora seus derradeiros dias naquela posição, a mesma em que seu corpo foi encontrado, onde lembrava os bons momentos e ouvindo o recado deixado na secretária eletrônica:

 

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By Vyctor Maya

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

OS ANJOS

Ele nasceu de um jeito tosco.
Dia marcado, hora marcada.
Sem brilho, sem surpresa.
Sem o espanto da chegada.

Às três da tarde de uma segunda
em um dia de finados
dia frio e chuvoso
até o céu chorando sua chegada.

Feio, como a dor que a mãe sentia
- Mas o parto não era cesárea?
dizia o padrasto aflito, zangado pra diabo.

Antes que pudesse chorar
veio do médico a constatação
- Seu filho nasceu morto, mais um da legião


By Vyctor Maya

sexta-feira, 23 de julho de 2010


NÃO DIGA ATÉ QUE ESTEJA MORTO


- Senhores passageiros apertem os cintos, estamos passando por uma área de extrema turbulência. – dizia o piloto do Boeing 767.

A viagem do casal, era a primeira depois de uma década de casados, estava tudo muito estranho, assim surgiu à idéia de uma reconciliação.

- Senhores passageiros acho que vamos...

Antes de terminar a frase o avião sofreu uma intensa descompressão, viu-se fogo em uma das turbinas, gritaria, pânico entre os tripulantes.


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By Vyctor Maya

terça-feira, 13 de julho de 2010

ENTRE PARÊNTESES

Eu penso em tantas coisas
e acabo não dizendo nada.
Eu sinto tanta fome
e acabo não comendo nada,
acabo roendo o osso
o osso é uma vida tão amarga.
Um trem desgovernado, sem trilho,
sem rumo, sem ponto de chegada.
A estação é a razão, é logo ali à diante
mas tão longe das mãos,
contudo ninguém segura a vida nos braços
porém deixa sempre à vista dos olhos
e são os olhos que guiam os passos e o trem
o que são os olhos sem o poder que detêm?
Mas se é o tato que comete o fato
Que nem as frases exemplificam o ato
E sim duas ou três fotos explicam os altos
E ainda assim mesmo com tudo isso
E ainda assim mesmo sem falar
Digo o que não deve ser dito
Digo o não pode ser escrito
E o que ninguém quer ouvir
Então boca fechada é uma vitória
E escrever é minha consolação.

By Vyctor Maya

quinta-feira, 8 de julho de 2010


A REALIDADE

Esta festa em que nosso protagonista participava foi sonhada a meses, do pórtico se via a infinidade de convidados. Como o próprio dono da festa havia comentado, eram três mulheres para cada homem, deste modo, tal evento não poderia ser perdido sobre hipótese nenhuma. No imenso salão, a mesa imponente, com uma variedade de frios, massas, pães, tortas, salgados e doces. A decoração impecável ofuscava e matava de raiva uma das tias do aniversariante, mas todo este glamour era imperceptível para os jovens do recinto, pois só estavam ali em busca de muita bebida, som e azaração.


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By Vyctor Maya

segunda-feira, 5 de julho de 2010

MONTAGEM

Antes de montar eu te imaginei
e desenhei numa folha velha de papel,
uma folha toda amassada
amarelada pelo tempo
até rasgada nas pontas
na verdade era a casa de traças.

Antes de montar queria que tivesse curvas
então esculpi seus detalhes
num tronco velho de pau-brasil
do tempo do descobrimento
já morto, sem vida
na verdade era a casa de cupins.

Antes de montar quis seus detalhes descobrir,
seus olhos: oceano?
sua boca: tentação?
seios: montanhosos?
pernas: sedução?
seu corpo: solução!

Antes de montar decidi ler o manual
encaixar tudo com perfeição,
mas estava em língua estranha
sei apenas que veio do oriente.
Na caixa: Made in China.
É de lá que vêm as bugigangas.

Antes de montar quis separar suas peças:
cabeça, tronco e membros.
Parafusos e porcas.
Programar sua memória.
Disso eu entendo bem
fui feito assim.

Antes de montar quis dar-lhe algo de mim,
quis dar-lhe algum sentimento,
mas eu nunca os havia sentido.
Então a guardo e a devolvo,
porque sou de ferro
e assim, eu quero ser o único.


By Vyctor Maya

terça-feira, 22 de junho de 2010

O ENGRAÇADINHO


Já tinham se passado quase dois meses de aula, e aquela sala esquecida no contexto da escola, todo dia recebia um aluno novo, todo dia é exagero; na concepção da palavra, eufemismo, mas pode-se adotar esta visão, caro leitor. O colégio público, diga-se de passagem, apresentava certas qualidades não vistas em outros na cidade, assim acabava sendo referência. 

Voltando ao assunto (do conto), este novo aluno chegou atrasado à primeira aula do dia, e sendo também a sua primeira aula no colégio. Entrou cabisbaixo, tímido, deu seu mirrado bom dia e sentou-se no fundo da sala. Passaram-se alguns instantes, o professor de português, reuniu a sala em grupos de cinco, pedindo a tais grupos que elaborassem uma redação, com um tema da escolha do grupo, desta forma nosso personagem foi obrigado a se socializar. Redação redigida, veio a indagação de uma coleguinha:

- Menino como é o seu nome?

Ele gelou dos pés a cabeça, mas resolveu se recuperar, quebrar o clima rígido, e descontrair um pouco com uma piadinha casual.

- Wladimir com dois V.

- Wladimir com dois V? Vai Veado.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que é a vida!!??


A BAILARINA



A garrafa sobre a mesa estava vazia, como vazio estava seu coração, a sua vida; não hesitou em quebrá-la com raiva, por não haver sequer uma gota (havia bebido tudo a noite passada), para dar o primeiro “pau” do dia. Eram seis da manhã, o sol bem tímido despertava; o som dos pássaros que cantavam bem na janela do seu quarto o incomodava, o único som audível era do copo se enchendo do seu veneno, que o consumia lentamente. Perdera muito: pais, mulher, filhos, emprego, amigos, amante, prestígio; ganhara muito mais: cirrose, esteatose hepática, tristeza, bafo, insônia, inimigos, nome sujo no SPC.



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domingo, 25 de abril de 2010

CORAÇÃO X TÉCNICA


O INTELECTUAL


Camisa aberta, barriga avantajada, copo de cerveja na mão. Dessa forma descontraída ele vai caminhando pela praia pensando em nada, apenas contemplando mais um dia maravilhoso na paradisíaca ilha da qual era nativo.

Durante essa sua andança matinal, ouviu alguém gritando seu nome. Com muito esforço conseguiu ver que era um rapaz. O jovem aparentava ter seus dezessete anos, era franzino, muito branco, não era da ilha, parecia ser mais um turista fugindo dos transtornos da cidade grande durante um feriado.

Após se aproximar do senhor, o menino meio que envergonhado pediu um favor bastante inusitado (devido o ambiente):

-Me concede um autografo?

O turista tinha um dos mais famosos livros brasileiros nas suas mãos e por coincidência o seu autor estava na sua frente. O escritor (que agora descobrimos ser o nosso boêmio) ficou meio encabulado com o pedido, mas o atendeu sem titubear.
 


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By Lucas Guimarães Oliveira

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Nada contra a situação do conto.


A FORCA?


A discussão na mesa do bar passava longe dos assuntos corriqueiros: futebol, mulher, política e religião. Neste dia os amigos estavam sérios, um mais triste que o outro, parecia uma marcha fúnebre a caminho de um enterro de um ente querido, choravam olhando o rosto de José. Hamilton era o mais inconsolável, as lágrimas brotavam incessantemente, sem nenhum esforço. Luiz não chorava, guardava a angustia dentro de si, e tal sentimento dilacerava sua alma. Armandão, depois da quinta ou sexta doses de uísque doze anos, falava dos momentos ao lado do invejável companheiro: as viagens, os babás, os carnavais, as mulheres. Tomaz, outro dos fanfarrões, abraçava Zequinha, a ponto de amassar e quase rasgar a camisa de marca (Lacoste) do amigo.





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By Vyctor Maya

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ta cada dia melhor... Ta pegando gosto pela coisa

TUDO O QUE VEM FÁCIL...


O escitor estava cheio de ódio. Não conseguia finalizar um conto e isso já vinha acontecendo há um bom tempo. Tinha uma vida nada inspiradora: poucos amigos, inteligência vulgar, nome sujo na praça.

Um dia estava andando cabisbaixo pela rua quando viu um pacote cheio de papéis. A curiosidade o instigou e ele foi ver o que tinha dentro do envelope. Qual foi a surpresa quando viu que se tratava de inúmeros contos sobre os mais variados temas.

Ficou feliz, radiante. Poderia dizer que eram seus os contos achados, viu em tudo isso a providência divina, até por que aquelas obras- primas não levavam assinatura, portanto nem se o nosso sortudo tivesse algum senso de honestidade poderia procurar pelo dono daquelas maravilhas.

Nunca havia sentido uma alegria tão grande em sua vida. Já tinha tudo programado, iria falar com o primo que era cunhado de um funcionário de uma modesta editora de livros. Publicaria os clássicos, ganharia reconhecimento, ficaria rico.

Foi andando saltitante pela rua com um sorriso de orelha a orelha. Estava tão distraído com os seus devaneios que nem chegou a ver o cara que vinha na contra-mão.

O pseudo-autor foi atropelado, o pacote voou de suas mãos e os contos ficaram espalhados na calçada. Cada pessoa que estava passando pela rua na hora do acidente pegou um conto. Pequenas fortunas tocavam as mãos de indivíduos ignorantes que não tinham em mente o destino que o nosso pobre protagonista daria aquelas pequenas histórias.

Os contos cumpriram a sua missão seriam daqueles que não fizeram por merecê-los. 


By Lucas Guimarães Oliveira

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Reflexão


O ABORTO


Não tinha o que dizer e isso não era figura de linguagem. Surdo e por tabela também foi presenteado com a condição de mudo, sem o prazer incessante de pronunciar sequer uma palavra, nem de ouvir a doçura de uma onda quebrando à beira da praia. Por conseguinte, se tivesse os braços, poderia falar por libras, assim sua condição de se comunicar estaria restabelecida (“... mesmo sem palavra mudo fala, deixa de ser...”). Contudo, se Deus lhe entregasse a graça da visão, poderia com a força dos olhos mostrar as coisas que queria, teria o prazer de ver a cor de uma manhã de sol e os medos escondidos numa noite de lua cheia, se tivesse ganho do criador o dom de andar, poderia com as pernas correr atrás dos seus sonhos, dos seus ideais. O problema é que este ser nem chegou a nascer, a receber o dom da vida. Foi abortado com uma dose certeira de remédios e isso não foi obra do criador e sim de uma criatura.

By Vyctor Maya

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Lucas em: Futebol uma paixão nacional!!!

Mais um conto de Lucas. Este agora sobre a paixão nacional, ou na verdade, sobre uma das paixões, por que a outra: bumbum, já apareceu em um outro conto, que consta aqui neste blog. É só darem uma procuradinha.



DOM E SORTE



Mãos na cintura, olhos fixos no alvo, coração a mais de mil. Certamente era o momento mais importante da sua vida. Quantos não queriam estar no seu lugar? Viver a emoção daquele instante único, inigualável.

Ele era merecedor. Lutou muito pelo seu sonho, ralou, sofreu, chorou. Tomou pancadas de todas as formas, de todos os jeitos. Caiu, mas se levantou, não desistiu e chegou lá. Quer dizer, ainda não tinha obtido todo o sucesso que desejava, mas isso só dependia dele, em especial daquela ocasião.

Pra quem ainda não percebeu, o nosso protagonista é um jogador de futebol e dos bons. Coube a ele a tarefa de bater o pênalti decisivo. Era o último lance do jogo. O gol daria a vitória ao seu time e o título vinha junto.

Sim, estava nos pés dele. Era responsabilidade daquele garoto franzino de 17 anos, do mesmo menino que teve que vencer a miséria na infância, que driblou as adversidades passou por tantas peneiras e que não sabia ler e muito menos escrever direito. Com tudo isso, o garoto tinha o dom e com essas coisas de dom não se brinca.

O juiz apitou, ele caminhou para a cobrança, nos poucos segundos que separaram o seu pé da bola, o nosso herói lembrou de tudo o que aconteceu em sua vida. O chute foi feito, a bola bateu caprichosamente na trave e saiu.

Seu mundo caiu. Tinha o dom, mas não teve sorte e com essas coisas de sorte não se brinca.



By Lucas Guimarães Oliveira