Bem caros leitores, um dos nossos colaboradores, Lucas Guimarães (meu primo), nos presenteou com mais um belo conto. Deixando os trocadilhos de lado, conto com a participação de vocês para mantermos vivo o blog. Aguardo também comentários e sugestões, que nos motivam a melhorar as histórias.
NA LONA
Um, dois, três... Ouvia esses números em ordem crescente, mas não conseguia identificar onde estava.
Quatro, cinco, seis... Sentia- se mal, tinha dores pelo corpo todo, parecia que havia sido atropelado, a cabeça estava pesada, não conseguia respirar direito.
Sete, oito, nove... Lembrou o por que da queda, junto com essa lembrança veio à imagem da mulher e dos filhos. Imaginou que seria fácil, já tinha passado por muitas antes daquela. Primeiramente entrou no negócio por dinheiro, mas depois foi tomando gosto, parecia que tinha encontrado o seu lugar no mundo.
Dez. Assim que ouviu esse número teve vergonha. Era mais forte do que seu oponente, mais técnico, mais rápido e experiente, mas negligenciou a luta.
Entrou no ringue saltitante, convencido demais. Tentou aplicar um cruzado de direita, calculou mal à distância e praticamente caiu sozinho. Quando levantou recebeu uma seqüência impiedosa de golpes do desafiante.
Não sabia o que doía mais, se eram os ataques certeiros do seu adversário ou o constrangimento pela sua patética queda que derrubou também toda a sua prepotência.
Não sabia o que doía mais, se eram os ataques certeiros do seu adversário ou o constrangimento pela sua patética queda que derrubou também toda a sua prepotência.
By Lucas Guimarães Oliveira
"Tem gente que perde para si mesmo".
ResponderExcluirAdorei o conto e o final é maravilhoso!
Bjkas
ALISSON VILAÇA,
ResponderExcluirGOSTEI MUITO DO CONTO... "TEM GENTE QUE PERDI PRA SI MESMO"...
MEUS PARABÉNS CARA, VC MANDA MUITO BEM TÁ?
SUCESSO
Legal a conclusão,ela que emplacou.
ResponderExcluirtem gente que perde para si mesmo.